Sem me preocupar com outras coisas alheias, lembrei-me que seria amanhã após o almoço que eu partiria. Partiria rumo a ajudar pessoas necessitadas, sem saber se eu iria voltar de lá, viva e em condições de continuar criando e educando minha filha. Meu último dia ao lado dela, passava voando, cada minuto que eu esperava demorar, passava mais ligeiro como nunca havia passado antes na vida de qualquer mulher. Sara, era a coisa que eu mais amava na minha vida, e quando a vi me entregando aquela folha ofício com um lindo desenho nela, composto por mim, ela e Fernando. E com aquele lindo sorriso, cujo mesmo lhe faltava dois pequenos dentes na parte de baixo, ela veio dizendo que iria sentir minha falta, com sua voz doce, e pura. Ela se lamentava questionando-me que quem agora faria o letinho matinal dela, cujo mesmo só eu soubera fazer igual. Questionou também sobre quem faria o chá de melissa dela, desligaria as luzes da sala e a colocaria deitada no sofá ouvindo opera. Eu não imaginara