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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Anarquista denegridor

Tô me rastejando amor, minhas pernas estão pouco firmes para andar. Talvez tudo isso seja culpa tua, mas talvez seja minha. Só minha. Só minha por aceitar todas as vezes que você me chamou de idiota por não te querer sem interromper tuas falas, sem gritar o mais alto que eu pudesse que eu queria sim. Que eu queria mais que tudo. Que eu queria te fazer feliz, que eu queria montar, armar, fixar uma rede na tua vida. Ou quem sabe abrir uma barraca, ou melhor, construir uma casa. Pra nunca mais precisar ir embora, pra nunca mais te deixar. Mas eu tinha medo e também receio, porque no fundo eu sei que tu sabias que o que eu queria era ficar contigo por todo esse sempre. Confesso que, às vezes (ou todas as vezes), eu sentava em um daqueles bancos do lago esperando você chegar, com seu meio de transporte favorito, pra me levar longe dali, pra qualquer lugar desse mundo. E sabíamos, juntos, que teu meio de transporte favorito era o meu também. Porque favoritávamos o amor, mesmo desconhecendo