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Mostrando postagens de março, 2014

A normalidade da cura

Eu gosto de observar as pessoas em lugares completamente lotados. Gosto de imaginar tudo o que cada uma delas já houvera passado nessa vida. Me traz um conforto imaginá-las nas mesmas circunstâncias que as minhas. Imaginar que todas elas já tiveram uma amizade que as detonou a cara, um amor que as dilacerou o coração, desentendimentos com os pais e, até, um cachorro que morreu. Eu gostava de imaginar isso, cara, é sério! Eu gostava de imaginar que eu era normal.  Mas acontece que não era como eu queria, as coisas não aconteciam com normalidade para mim. Por mais que o meu cachorro morresse, com certeza não seria como qualquer cachorro normal morre. Seria de uma isquemia cerebral ou uma epilepsia muito violenta, nada parecia acontecer de forma normal pra mim.  E eu me perguntava a todo tempo "por que isso acontece comigo?" - nos autoquestionar é sempre a primeira reação. E eu não sabia a resposta, mas gostava de imaginar que se em algum momento me ocorresse algo bom, seria