Alguém, Zé.
"Tem uma espécie de certeza que aparece de vez em quando aqui dentro da gente, uma certeza de que nada irá mudar e de que isso será pra sempre, mas a gente esquece que o pra sempre sempre acaba. Porém fingimos que não é assim, fingimos que não sabemos disso e por contra própria nos iludimos. Nós: generalizei mesmo. Eu mesma fingi, eu mesma me iludi. Eu podia não ter acreditado, mas acreditei... Ah, será que até em monólogos eu preciso cobrar algo de mim mesma? Poxa vida! Mas sabe, não dói. A fase em que doía passou, hoje mesmo me machuquei para ver se ainda sentia, se ainda sabia..."
- Para você, moça?
- ...Um café, com muito açúcar, por favor.
- Só um momento.
Vejamos: "...Se eu ainda sabia que uma vida sem sentidos é uma vida..."
- Aqui está, doçura.
- Mas de novo, Zé?! - disse irritada.
- Calma moça, calma. Só trouxe seu café, com muito açúcar.
- Tá bom, obrigada. - disse sem ser tão agressiva desta vez e ele, compreendendo, me retribuiu um sorriso.
- Ei, Zé. Quantas colheres de açúcar tu colocaste aqui?
- Três, moça.
- TRÊS? Está brincando? Quero dez!
- Mas não vai ficar muito doce, pequena?
- Não Zé, de amarga já basta a vida.
- Já sei... Foi ele, o que ele te fez, pequena?
- Ele quem? Ninguém me fez nada, Zé. Deixa de bobagem.
- Não me enrole moça, eu sei que ele não está mais aqui, não é isso?
- É Zé, mas me deixa esquecer isto, vai.
- Tudo bem, só acho que você não deveria ficar aí parada, você sabe bem o que Caio disse: "No momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."
- Eu sei, Zé. Mas você quer que eu faça o quê?
- Se você não quiser perdê-lo, vai atrás pequena.
- E acabar com essa distância entre nós dois?
- É o que você quer, não é?
- É, mas...
- E de tantas conjunções adversativas você só vai acabar no mesmo lugar.
- ...
- Vá, pequena. O brilho no seu olhar ao falar dele não nega que o que tu queres mesmo é estar ao lado dele.
- É, Zé. Eu vou, só achava que... Ah, eu vou depressa e deu. Te gosto, Zé. Muito. - disse saindo às pressas.
- Espere... E seu café?
- Fica para uma outra, Zé. Até logo.
Desta vez nem Zé, nem ninguém me interromperá: "...Uma vida sem sentidos não existe, não é uma vida. Uma vida precisa de sentidos, precisa de doçura, precisa de amor. A verdade é que todo mundo precisa de alguém que nos faça bem. Que nos deixe bem. E uma hora ou outra esse vem, só basta saber se você vai dizer que realmente o tem."
- E acabar com essa distância entre nós dois?
- É o que você quer, não é?
- É, mas...
- E de tantas conjunções adversativas você só vai acabar no mesmo lugar.
- ...
- Vá, pequena. O brilho no seu olhar ao falar dele não nega que o que tu queres mesmo é estar ao lado dele.
- É, Zé. Eu vou, só achava que... Ah, eu vou depressa e deu. Te gosto, Zé. Muito. - disse saindo às pressas.
- Espere... E seu café?
- Fica para uma outra, Zé. Até logo.
Desta vez nem Zé, nem ninguém me interromperá: "...Uma vida sem sentidos não existe, não é uma vida. Uma vida precisa de sentidos, precisa de doçura, precisa de amor. A verdade é que todo mundo precisa de alguém que nos faça bem. Que nos deixe bem. E uma hora ou outra esse vem, só basta saber se você vai dizer que realmente o tem."
Ah, gostei muito do texto!! Você escreve muito bem, boa sorte no projeto :D
ResponderExcluirhttp://www.dinhacavalcante.com/
Olá Duda. Foi? eu nem lembrava mais, rs. Mais tudo certinho, quando linkar me dá um toque certo?! Ah, e seu blog ta uma fofura. Beijinhos linda ;*
ResponderExcluirgarotambulante.blogspot.com
Muito obrigada Dinha, que bom que gostou e muito obrigada pela sorte que me deseja! Volte sempre.
ResponderExcluirObrigada, Camila. Seu blog também é lindo. :D