Lovers of the light

O show do Mumford and Sons no Red Rocks tocando no Spotify parecia a trilha sonora perfeita para aquele momento. “... so love the one you hold and I will be your goal...” Marcus cantava e eu só ouvia o som do violão cada vez mais frenético, como se cada corda vibrando fosse uma frase motivacional a fim de me inspirar para eu me apaixonar por você. Para encontrar o que eu queria bem dentro de mim a partir daquilo que hoje acredito merecer. 
Há tempos o sentimento de o mundo ser acessível não me preenchia. Há um certo tipo muito belo de sensação quando me aproximo de você. Talvez porque poucas calmarias no mundo fazem com que eu me aproxime de mim mesma como essa. É uma forma de entrega que eu não permito que ocorra em quase nenhuma situação. Talvez porque naquela discussão no nosso primeiro encontro você tenha me ganho do jeito certo. Do jeito necessário para conquistar essa entrega. 
Bom, ainda não posso confirmar a última afirmativa. Não sei se existe um jeito necessário... A entrega é o presente surpresa que a sua avó te escondeu até o último minuto da véspera de Natal.  
Questionadamente* de maneira muito insegura me arrisco dizer que está difícil me entregar às palavras. Como se exteriorizar o furacão de sentimentos aprisionados por tanto tempo não fosse mais tão fácil como antes... Só sei que você chegou e a entrega deixou de ser uma espera e essa carta confusa se tornou uma carta de amor. 
Sou muito agradecida pela luz que hoje brilhou dentro de mim por causa de você. 



*Mania de escrever palavras que não existem.

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